A condição de superendividamento é, em linhas gerais, a impossibilidade do endividado de quitar suas dívidas por mais urgentes e sérias que elas sejam. Logo vamos explicar com mais detalhes esse estado grave de inadimplência, mas antes precisamos entender o motivo pelo qual ele tem se tornado tão frequente.
Durante os últimos anos, o Brasil vivenciou um contexto não muito favorável na economia. Essa situação foi gerada, entre outros fatores, pela crise política do país, refletindo diretamente no cotidiano dos brasileiros e, acima de tudo, no bolso. Alguns fatores provenientes da crise tornaram esse cenário ainda mais hostil para a renda da população – entre março e maio de 2017 foram contabilizados mais de 13,8 milhões de desempregados e, antes disso, no ano anterior, a taxa da inflação chegou a alcançar o número de 6,29%.
Com todo esse cenário, o poder aquisitivo das famílias diminuiu consideravelmente nos últimos anos e, além disso, as taxas em constante crescimento e preços cada vez mais altos contribuíram para criar circunstâncias onde o endividamento tornou-se praticamente comum e banal – quase 40% da população encontrou-se em situação de inadimplência. Só no primeiro semestre de 2017, o Brasil ganhou mais de 900 mil pessoas com nome sujo no mercado, e o total no começo desse ano já era de 60 milhões de pessoas – ao todo, a dívida chega quase ao número de R$ 270 bilhões.
Entre os inadimplentes, diversos encontram-se em situações ainda mais graves, que incluem a impossibilidade de arcar com custos considerados essenciais, como a alimentação, moradia e vestuário. Tal situação abrange também o empresariado – principalmente pequenas empresas. Em casos como esse, o valor do endividamento é superior às entradas mensais, criando assim uma condição completamente onerosa. O fenômeno do superendividamento não atinge somente os indivíduos ou as empresas, mas também toda a sociedade, por isso a preocupação em diminuir o número de afetados é latente. Você pode tirar suas dúvidas sobre superendividamento conversando com um dos nossos profissionais. O MOL possui experiência nesse tema específico. Para falar conosco, é só clicar aqui.
Por redação MOL com informações G1 e IBGE.